Entre ruas conhecidas seguimos sem rumo, vidas secretas, desejos incontidos, certezas improváveis, sem esperar, sem querer, sem saber, uma incauta atitude, uma simples e despretensiosa conversa, e assim, simples assim, o coração passa a não caber mais no peito, as cores ficaram mais vividas, a vertigem, a boca seca, o aperto. como saber, como saber, a vida é cruel? Sábia? Nunca irei saber, pois o que sei é que a cada dia amamos mais, sentimos mais, e tudo isso é tão magico, assustador e ao mesmo tempo as duas coisas, como pode a força e a fraqueza, a duvida e a certeza serem amantes, serem uma coisa só? Não sei, nunca saberei, a única coisa que realmente sei é que você se tornou aurora de meus dias mais escuros, a paz na guerra travada no intimo do ser que tenho tentado ser, a chama que aquece o meu corpo carbonizado pela vida, você é a dor mais prazerosa que já senti. Você se chama: inevitável.
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