Folhas secas de uma arvore majestosa chamada sabedoria, caídas ,sendo levadas pelo vento.
Ninguém percebe, ninguém se quer se importa.
Palavras embebidas em fel e amargura aonde quer que estejamos.
Como não se deixar macular a sua fé, o seu coração?
Socos no ar, lágrimas de desalento e torpor.
Nada podemos fazer? nada podemos fazer?
Corri o máximo que pude e gritei aos quatro cantos do mundo.
Não sou cego, posso ver a sua dor.
Não sou cego, te vejo meu irmão, eu estou com você, vamos fazer a diferença.
Não sou cego, enxergo a luz de uma nova alvorada.
De todas as cegueiras a maior é a da alma, ela nos cega para todas as coisas do coração,
para tudo que nos torna maiores do que realmente somos, solidariedade, empatia, caridade, compreensão.
Somos tão diferentes uns dos outros, porém tão iguais em nossos medos; pois se cortarmos a carne de um negro seu sangue não seria tão vermelho quanto o de um branco? E se açoitarem a uma mulher e ela viesse a chorar, a sua lágrima não seria tão salgada quanto a de um homem?
Pobre é a humanidade que não soma suas riquezas pelo bem maior.
Pobre e falida é uma nação que não reconhece os seus súditos.
Pobre é um pais chamado Brasil, onde se fizeste miscigenar para depois repugnar a sua prole. Prole cada dia mais carente de dignidade, de valores; valores esses não ditados por crápulas e parasitas,
valores vindos do alto, do mais alto de nossas idiossincrasias.
É chegada a hora de se posicionar, é chegada a hora de bradar.
Não mais, nunca mais omissão, nunca mais inação.
Levantem a bandeira da justiça, levantem a bandeira da igualdade, equidade, antes que seja tarde.
