É mais fácil ter sexo do que ter intimidade;
Mais fácil se apaixonar do que amar;
Mais fácil mentir do que confessar;
Mais fácil fugir do que enfrentar;
Mais fácil seguir, deixar de sentir, se entregar.
Peças de dominó que caem sem fim, nos derrubando incontáveis vezes. Tentamos ficar de pé, o peso em nossos ombros torna excruciante caminhar, seguir a estrada contrária do conformismo e apatia. A estrada que leva a consciência de que tudo não pode ser em vão, que nossas vidas não podem ser tão vazias e metódicas.
A luz do dia, o som do trovão, o aroma da flor podem aparentemente não ter nada em comum, embora sejam reconhecidos por todos os seres viventes, sendo assim exemplos claros de que algo pode ser marcante e único. O curioso é que mesmo que tenham a mesma conotação para todos, ainda assim podem despertar sentimentos diferentes em muitos.
Isso é mérito da percepção, a ótica de nossos sentimentos e sensações, a ótica da alma, pois assim como o lobo olha para a lua e sente-se compelido em uivar, a maré é compelida a se movimentar.
Vejo pela minha ótica que posso não ser nem lobo nem maré, o que sou então? Sou um poeta.
